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Mostrando postagens de janeiro 18, 2011

O Buraco

1. Ando pela rua. Há um buraco fundo na calçada. Eu caio... Estou perdido... Sem esperança. Não é culpa minha. Leva uma eternidade para encontrar a saída. 2. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Mas finjo não vê-lo. Caio nele de novo. Não posso acreditar que estou no mesmo lugar. Mas não é culpa minha. Ainda assim leva um tempão para sair. 3. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Vejo que ele ali está. Ainda assim caio... É um hábito. Meus olhos se abrem. Sei onde estou. É minha culpa. Saio imediatamente. 4. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Dou a volta. 5. Ando por outra rua. Texto extraído de   O Livro Tibetano do Viver e do Morrer , de Sogyal Rinpoche (Ed. Talento/Palas Athena) Infelizmente muita gente prefere continuar caindo no mesmo buraco. Às vezes desenvolve até um prazer mórbido nisso, como uma forma de chamar a atenção pra si. Estes já têm sua recompensa. O ruim é quando arrastam outros consigo; outr