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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

A Alma Também

         Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências. Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.    Estimamos a imunização na patologia do corpo.    Será ela menos importante nos achaques do espírito?    Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.    Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.    Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças.    Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.    Tonificamos o cor

Quando os Amores Partem

O que acontece com quem parte ou chega de um aeroporto faz parte de um tipo especial de memória. Uma memória que parece ter uma persistência maior e uma existência mais viva do que aquela comum, que guarda o cotidiano e a rotina. Estas as primeiras palavras da apresentadora de um programa televisivo muito singular, que descobre histórias e mais histórias, nos portões de chegada e partida de um aeroporto brasileiro. Um desses relatos é de uma mãe, entre lágrimas, despedindo-se da filha, que passaria cerca de um ano estudando uma língua estrangeira num país distante. Aquela senhora, muito simples, trazia um misto de alegria e saudade, pois se tratava de uma grande conquista da filha, pela qual havia trabalhado muito tempo para conseguir. Narrou que nunca teve condições de sequer realizar os estudos regulares, mas que sua felicidade estava em ver o sucesso da filha. A apresentadora, percebendo a dor que há em toda separação, disse:  A senhora já está com a dor da saudade

Transformando a Terra em Jardim

No mundo existem pessoas que alardeiam o que irão fazer e nem sempre o fazem. E outras que simplesmente agem, de forma silenciosa. Essas são realmente as pessoas operosas e que são úteis à Humanidade, ao planeta. Recordamos de um empresário bem sucedido, baiano, que adotou o Rio de Janeiro como seu segundo lar, por conta da beleza deslumbrante que o impressionou, quando de uma visita, ainda na juventude. Por ter nascido no meio rural, convivido com a natureza, incorporou o hábito de separar sementes e mudas e plantá-las onde pudessem crescer livremente. Tornou-se um autodidata da botânica e sua esposa, Satica, filha de imigrantes japoneses, a ele se aliou. Em 1993, o casal iniciou o plantio de mudas próprias da mata atlântica, no costão leste do Pão de Açúcar, tendo em vista a carência de vegetação nesse local. No entanto, não bastava plantar. Era necessária a manutenção. E o casal, então, subia e descia o morro, incansavelmente, retirando o insistente capim coloniã