Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho 4, 2011

A Esperança Nunca Morre

O asilo de idosos recebeu naquela manhã mais uma senhora. Chegou calada, sentou-se em uma cadeira de rodas e mergulhou em lágrimas. O semblante traduzia a desesperança e a mágoa pelo abandono. Notava-se que o seu único intuito era aguardar a morte. Parecia que a sua volta tudo já morrera, igualmente. Foi então que um jovem, que costumava visitar os idosos com regularidade, se aproximou. Tentou conversar. Mas ela se mantinha calada, num protesto mudo de rejeição aos homens que a haviam deixado ali. Longos suspiros escapavam do seu peito e as lágrimas rolavam, silenciosas. O rapaz brincou, perguntou e insistiu. Ela não conseguiu resistir. Sorriu e acabou por contar a triste história de sua vida. Fora uma mulher muito rica. Com o marido, administrava sete fazendas. Com a morte dele, ela assumira os compromissos, ao tempo que cuidava da única filha. Quando a filha se casou, estranhamente foi se acercando da mãe. Começou a se interessar pelos negócios. Depois, foi a