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Mostrando postagens de dezembro, 2012

A Lei do Amor

                         O amor resume toda a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento. Não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior, que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei do amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais. Feliz aquele que, sobrelevando-se à humanidade, ama com imenso amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz aquele que ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo! Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou essa palavra divina, — amor — fez estremecerem os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

Seja Sempre Natal

O auditório do Tribunal estava lotado. Mas não era para uma sessão judiciária. A quase totalidade das pessoas assentadas nas poltronas confortáveis jamais havia ali adentrado anteriormente. Era um local para sessões muito especiais e a própria imponência das mesas, das cadeiras lhe dava um toque de solenidade e de pompa. Alguns dos presentes conheciam o recinto, como os faxineiros, limpadores de vidraças, garçons, seguranças. Contudo, nesse dia, as portas haviam se aberto e mais de três centenas de servidores terceirizados ali estavam, confortavelmente assentados. Notava-se-lhes a surpresa. Alguns registravam sua presença, junto aos amigos, com suas câmeras fotográficas. Um dia especial. Uma comemoração natalina. Um momento de gratidão. Era esse o motivo daquele encontro. Presentes as autoridades judiciárias, deu-se início ao evento. Um a um, eles discursaram. Não para os seus pares desembargadores e juízes, mas para os servidores, para as pessoas que, ao longo do a

Mente e Sintonia

É creditado ao italiano Guilherme Marconi o uso das ondas eletromagnéticas para transmitir informações a longas distâncias. No final do Século XIX, Marconi inicia seus experimentos, que darão origem ao telégrafo e, posteriormente, ao rádio. Graças a isso, as distâncias passam a ser menores, e a comunicação intensifica-se. Marconi partiu de um princípio da Física, segundo o qual ao se emitir ondas com determinada frequência, essas se propagam no espaço, podendo ser captadas por outro aparelho sintonizado na mesma frequência. Hoje, os experimentos de Marconi pertencem à História e seus equipamentos são peças de museu, frente a toda a tecnologia desenvolvida desde então. Porém, ainda podemos tecer valiosas reflexões a respeito desses seus estudos e descobertas. Nossa mente atua, sempre, como uma grande usina geradora de ondas, com frequências peculiares. A natureza do nosso pensar e sentir gera a qualidade da emissão, daquilo que emitimos e exteriorizamos em forma

A Beneficência

UM ESPÍRITO PROTETOR Lyon, 1861              15  – Meus caros amigos, cada dia ouço dizerem entre vós: “Sou pobre, não posso fazer a caridade”. E cada dia, vê que faltais com a indulgência para com os vossos semelhantes. Não lhes perdoais coisa alguma, e vos arvorais em juízes demasiado severos, sem vos perguntar se gostaríeis que fizessem o mesmo a vosso respeito. A indulgência não é também caridade? Vós, que não podeis fazer mais do que a caridade indulgente, faz pelo menos essa, mas fazei-a com grandeza. Pelo que respeita à caridade material, quero contar-vos uma história do outro mundo.              Dois homens acabavam de morrer. Deus havia dito: “Enquanto esses dois homens viverem, serão postas as suas boas ações num saco para cada um, e quando morrerem, serão pesados esses sacos”. Quando ambos chegaram à sua última hora. Deus mandou que lhe levassem os dois sacos. Um estava cheio, volumoso, estufado, e retinia o metal dentro dele. O outro era tão pequeno e fino, que se v