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Descrentes Queridos



Comumente, somos defrontados pelos companheiros marcados por incompreensões do grupo doméstico, em matéria religiosa.

Aceitam os princípios do Cristianismo Redivivo, que os entes amados não admitem ainda.

Regozijam-se na certeza da sobrevivência, além da morte; reconfortam-se no trato com amigos espirituais domiciliados no Mais Além; edificam-se na idéia da reencarnação e compreendem os elevados misteres da mediunidade, mas sofrem o antagonismo de seres estimáveis transitoriamente incapazes de lhes compartilhar o mesmo nível de elevação e progresso.

Se isso te ocorre na experiência diária, não convertas a luz interior das convicções que te beneficiam em martelo que te espanque a estrutura familiar, comprometendo-lhe a segurança. 

Empenha-te a servir na lavoura da libertação quanto possas; entretanto, se a fé que te orienta é motivo a desajustes crônicos, não abandones os descrentes queridos, a pretexto de exaltar a Obra de Deus. 

Mantém o equilíbrio do lar, embora sem qualquer servidão que te anule o pensamento livre, sustentando a tranqüilidade dos que te cercam e aplicando em casa, com discrição e silêncio, as lições que te compõem a crença e baseiam os raciocínios. 

Talvez não possas comungar, de imediato, as tarefas renovadoras nas assembléias dos irmãos de trabalho, compromisso, mas podes exercer o dom de crer e servir ao lado da equipe caseira que te pede prática e testemunho.

Pais difíceis, em muitos casos, são credores exigentes a te solicitarem o resgate de débitos passados em serviço de renunciação permanente. Esposa e esposo, filhos e filhas, tanto quanto amigos e irmãos não só por vezes te cobram dívidas que ficaram à distância, nas trilhas do espaço e do tempo, como também quase sempre são criaturas, às quais prometeste assistência e apoio, antes do berço terrestre, em forma de sacrifício pessoal para se fazerem as criaturas providenciais que podem e devem ser.

Não menosprezes os familiares que a Lei Divina te confiou. 

Quanto puderes, auxilia-os na compreensão gradativa da evolução e da vida.

Quando Jesus nos adverte a deixarmos os pais e os entes amados para conseguirmos ser seus discípulos, não nos induzia a abandoná-los e sim nos pedia renunciarmos à felicidade de ser por eles compreendidos, de modo a amá-los, mais profundamente, qual Ele mesmo, o próprio Cristo, nos ama e sempre nos amou. 

Livro Caminhos de Volta. Psicografia Francisco Cândido Xavier.Emmanuel

Comentários

  1. Mensagem muito importante... quando nos foi pedido para amar o próximo, isto implicaria em amarmos os próximos mais próximos que são nossos familiares...que se não são difíceis de algum modo, se não nos ouvem, sejamos então exemplos e através deles acabemos pro ajudar os demais.
    Beijos...
    Valéria

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Pris

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